MotoGP altera regras de testes para retornos de pilotos após lesão
Em uma mudança surpreendente, as equipes da MotoGP concordaram em ajustar os regulamentos de testes do campeonato, permitindo que pilotos retornando de longos períodos de afastamento por lesão testem antes de voltarem a competir.
Esses testes foram um tema de debate acalorado entre as equipes antes do retorno malfadado de Jorge Martin no Grande Prêmio do Qatar em abril. Isso ocorreu após um pedido malsucedido da equipe Aprilia de Martin para ajustar as regras.
Agora, em vigor a partir do Grande Prêmio da França deste fim de semana, um único dia opcional de testes será permitido para competidores permanentes da MotoGP que perderam três ou mais eventos consecutivos ou que não puderam participar por 45 dias durante a temporada. O início da temporada é definido neste caso como o primeiro teste oficial de pré-temporada da IRTA. (Os problemas de lesão de Martin nesta temporada começaram durante os testes de pré-temporada no início de fevereiro.)
A escolha do local de teste deve estar alinhada com as concessões de teste de um fabricante. Restrições também se aplicam em relação aos circuitos que ainda sediarão corridas na mesma temporada. Nenhum pneu adicional será adicionado à alocação de testes do fabricante relevante.
Embora o pedido inicial da Aprilia por um ajuste nas regras no meio da temporada – um que teria beneficiado Martin na época – tenha encontrado resistência e expectativas de que só entraria em vigor em 2026, o novo regulamento entra em vigor imediatamente.
Com Miguel Oliveira programado para retornar à ação no Grande Prêmio da França neste fim de semana, a regra de teste entra em vigor com uma lousa limpa, pois não haverá pilotos ausentes do grid.
Evitando a repetição do caos em Austin
Também nos mais recentes regulamentos da MotoGP, foram feitas alterações para evitar a repetição do caos na linha de partida visto no recente Grande Prêmio das Américas.
Após confusão em torno das regras relevantes na COTA, que foi exacerbada por leituras erradas e uma bandeira vermelha, alguns regulamentos-chave foram agora revistos ou esclarecidos.
Os regulamentos mais recentes enfatizam que qualquer piloto que iniciar a volta de aquecimento do pitlane pode ocupar sua posição de grid publicada, mas cumprirá uma penalidade dupla de volta longa durante a corrida. Isso se aplica a Quick Starts, bem como a procedimentos de largada regulares.
Qualquer piloto no grid que deseje trocar sua moto após a placa de três minutos exibida antes da volta de aquecimento pode empurrar sua moto para o pitlane e deve estar fora do grid até a placa de um minuto. Ele pode iniciar a volta de aquecimento do pitlane e cumprir a penalidade conforme descrito acima.
Após a placa de um minuto, e até e incluindo a bandeira verde, as regras são escritas com problemas técnicos, como estoladas, em mente. Em essência, no entanto, largar do grid é sempre possível, desde que o piloto consiga sair do pitlane para a volta de aquecimento antes que ele feche, desde que chegue ao grid antes do safety car.
Como anteriormente, em uma corrida molhada ou quando uma bandeira branca é exibida, os pilotos podem entrar nos boxes no final da volta de aquecimento e trocar de moto. A única penalidade neste caso será largar a própria corrida do final do pitlane, o que implica juntar-se à parte de trás do pelotão.
À luz da confusão e da bandeira vermelha no Texas, ficou esclarecido que se mais de 10 pilotos estiverem programados para largar a própria corrida (não a volta de aquecimento) do pitlane, a largada será cancelada (não adiada) e um procedimento de Quick Start será aplicado. Neste caso, todos os pilotos podem mais uma vez trocar de moto, se necessário, e ocupar suas posições originais no grid.
No que diz respeito a iniciar uma volta de aquecimento do pitlane, não há limite para o número de pilotos. Todos, no entanto, cumprirão a penalidade dupla de volta longa. Isso significa que os pilotos que permanecerem no grid para iniciar a volta de aquecimento terão sua aposta reconhecida.
