Lesão, novo treinador e expectativa: o retorno de Naomi Osaka ao Australian Open
Naomi Osaka, uma das tenistas mais talentosas da atualidade, conquistou grande notoriedade ao vencer o Australian Open em 2019 e 2021. Com um estilo de jogo agressivo e emocionalmente focado, ela se destacou como uma das grandes promessas do circuito. No entanto, seu retorno competitivo tem sido marcado por alguns altos e baixos, com lesões que afetaram seu desempenho, especialmente no final de 2024. Após um período conturbado, a japonesa volta a tentar retomar seu melhor nível, e a temporada começou com promissora participação no WTA 250 de Auckland.
A campanha de Osaka em Auckland demonstrou sua boa forma, alcançando a final do torneio. No entanto, uma lesão abdominal no confronto decisivo contra Clara Tauson impediu a tenista de concluir a partida, acendendo um sinal de alerta para o Australian Open. Mesmo assim, Naomi se mostrou otimista e confiante em sua recuperação, ressaltando que a ressonância magnética, embora não tenha dado resultados perfeitos, também não indicou um quadro grave. Ela afirmou estar preparada para a estreia no Grand Slam, demonstrando resiliência e disposição para enfrentar os desafios que viriam.
“Eu sei que o resultado não foi o ideal, mas não é algo grave. Estou confiante de que posso jogar. Nos últimos dias, estive treinando bem, então as coisas estão indo na direção certa”, declarou a japonesa durante a coletiva. Apesar da derrota na final de Auckland, Osaka se mostrou satisfeita com seu desempenho no torneio. Para ela, a jornada foi mais positiva do que parecia à primeira vista, já que a semifinal foi um grande resultado, especialmente após um longo período sem alcançar esse estágio em um torneio. “Embora a derrota tenha sido dolorosa, a sensação de voltar a uma final, mesmo que não tenha vencido, é como uma vitória para mim”, comentou a ex-número 1 do mundo.
Além disso, Osaka revelou estar muito animada com sua parceria com o técnico Patrick Mouratoglou, famoso por treinar Serena Williams. “Estamos trabalhando muito bem juntos. Técnicamente, ainda não perdemos nenhum jogo, e isso me dá muita confiança”, disse a tenista. Essa nova parceria parece ser uma mudança positiva para Osaka, que busca estabilidade e crescimento no circuito, com Mouratoglou ajudando a refinar sua técnica e foco mental.
Em sua busca pelo terceiro título do Australian Open, Osaka tem um grande desafio logo no início: Caroline Garcia. Ambas se enfrentaram na primeira rodada do ano passado, com vitória da francesa. O retrospecto entre elas está equilibrado em 2 a 2, com Osaka vencendo o duelo mais recente em Doha. Aos 27 anos e de volta ao top 50 do ranking, Osaka não esconde a admiração por Garcia, especialmente por compartilharem o mesmo dia de aniversário. “Ela é uma grande jogadora e sinto uma energia muito positiva quando jogamos. Além disso, como ambas somos de Libra, nunca posso guardar rancor”, brincou a japonesa.
Em 2024, um dos objetivos de Osaka era se tornar cabeça de chave no Australian Open, mas uma lesão nas costas a fez encerrar a temporada antes do esperado, frustrando essa meta. Mesmo assim, sua participação em Melbourne ainda é muito aguardada, especialmente pelo que ela demonstrou em Auckland e pela confiança que vem adquirindo com o auxílio de Mouratoglou.