Crise no Manchester City: Guardiola admite falhas após derrota no derby
O técnico Pep Guardiola reconheceu a gravidade da situação do Manchester City após a derrota para o Manchester United no derby, descrevendo-a como uma “crise” e assumindo a responsabilidade pelos resultados negativos recentes. A situação é tão crítica que o próprio Guardiola admite as dificuldades em entrevista, afirmando que precisa encontrar soluções que até o momento não foram encontradas.
A partida, vencida pelo United com uma virada nos minutos finais, expôs as fragilidades da equipe de Guardiola. O City chegou a abrir o placar com um gol de Josko Gvardiol, mas sofreu dois gols nos acréscimos, incluindo um pênalti e um gol de contra-ataque, demonstrando falhas defensivas significativas.
Após a partida, Guardiola se mostrou visivelmente abalado. Em entrevista, afirmou: “Eu não sou bom o suficiente. Sou o chefe, o técnico, e preciso encontrar soluções, e até agora não as encontrei. Essa é a realidade.” Ele também apontou a falta de eficiência defensiva como um dos principais problemas: “Não temos defesa. O Manchester United foi incrivelmente persistente.”
A derrota marca uma sequência negativa para o City, que viu sua invencibilidade em jogos que liderava no intervalo quebrada pela primeira vez em muito tempo. A equipe, que já havia perdido para a Juventus na Champions League, agora se encontra nove pontos atrás do líder Liverpool na Premier League, com um jogo a mais. A possibilidade de conquistar um quinto título consecutivo da liga parece cada vez mais remota.
Guardiola reconhece que o elenco está envelhecendo e que a fome pela vitória pode ter diminuído. Ele menciona o impacto das lesões de jogadores importantes, como Rodri e John Stones, mas evita usar isso como desculpa para o declínio no desempenho.
A idade de alguns jogadores-chave é apontada como um fator que contribui para a situação atual. Kevin De Bruyne, 34 anos, foi substituído durante a partida, assim como Mateo Kovacic (31 anos) e Kyle Walker (34 anos). Ilkay Gundogan (34 anos), que retornou ao clube após uma passagem pelo Barcelona, também demonstra sinais de desgaste físico.
O baixo rendimento de jogadores como Phil Foden e Jack Grealish, importantes peças no esquema de Guardiola, também é um fator a ser considerado. A queda de produtividade de Erling Haaland, que depende muito da criatividade da equipe, contribui para a falta de gols do Manchester City.
Mesmo com um contrato de dois anos recém-assinado, Guardiola afirma querer reverter a situação, mas reconhece a magnitude do desafio que o espera. O rejuvenescimento do elenco, necessário para a recuperação do Manchester City, não será uma tarefa fácil e rápida.
Guardiola enfrenta uma realidade nova e desafiadora no comando do City, um território desconhecido de derrotas e questionamentos, exigindo dele mais do que nunca para conduzir a equipe em busca da recuperação.