Botafogo supera Seattle, mas desempenho preocupa para desafios na Copa do Mundo

Botafogo supera Seattle, mas desempenho preocupa para desafios na Copa do Mundo
Jair marcou o primeiro gol na vitória do Botafogo contra o Seattle (Imagem: Vítor Silva/BFR)

O Botafogo conquistou uma vitória em sua estreia na Copa do Mundo de Clubes ao superar o Seattle Sounders por 2 a 1. Contudo, a atuação da equipe levanta sérias preocupações, especialmente considerando a dificuldade do grupo que enfrenta. Embora o triunfo fosse essencial para manter as chances de classificação, o nível de futebol apresentado pode não ser suficiente para os próximos confrontos.

Primeiro tempo promissor, segundo tempo alarmante

A partida exibiu duas faces distintas do Botafogo. Na primeira etapa, o time mostrou momentos promissores com a bola, mas encontrou dificuldades para conter os avanços do Seattle. Já no segundo tempo, a equipe apresentou uma queda acentuada, demonstrando fragilidade defensiva e pouca capacidade de reter a posse de bola ou organizar contra-ataques eficazes.

Jair marcou o primeiro gol na vitória do Botafogo contra o Seattle
Jair marcou o primeiro gol na vitória do Botafogo contra o Seattle (Imagem: Vítor Silva/BFR)

As substituições de Joaquin Correa e Arthur Cabral, ambos aparentemente fora de ritmo, desequilibraram ainda mais o time. A tentativa de Renato Paiva de improvisar Igor Jesus na lateral esquerda evidenciou a busca por um ajuste tático em meio a um momento de instabilidade. No final, a vitória foi garantida por uma defesa crucial de John, mas a fragilidade geral da equipe ficou evidente.

Qualidade individual decisiva

Apesar das deficiências táticas e coletivas, o Botafogo conseguiu vencer graças à qualidade individual de seus atacantes. A capacidade de definir jogadas e aproveitar as oportunidades foi o diferencial em uma partida equilibrada.

Estratégia inicial e dificuldades defensivas

A estratégia inicial de Renato Paiva, com Mastriani e Igor Jesus, e Savarino partindo da esquerda, não resultou em grandes atuações individuais, mas explorou as fragilidades defensivas do Seattle. Mastriani serviu como referência no ataque, enquanto Savarino e Artur (ou Vitinho) se juntaram a Igor Jesus para criar oportunidades na entrada da área. Essa concentração de jogadores permitiu explorar os espaços entre o meio-campo e a defesa adversária. No entanto, o Botafogo sofria sempre que o Seattle entrava em seu campo defensivo, especialmente com os volantes Vargas e Roldan, e os movimentos de Jesus Ferreira e Rusnak.

Substituições e desorganização tática

A entrada de Correa no lugar de Mastriani no intervalo deslocou Savarino para o meio, mas o argentino não conseguiu impactar positivamente o jogo. A substituição de Savarino por Arthur Cabral também não surtiu o efeito desejado. Igor Jesus, improvisado na lateral esquerda, tentava recompor um time cada vez mais desordenado. O Seattle aproveitou para intensificar a pressão, com 19 finalizações no segundo tempo contra apenas cinco do Botafogo.

O gol sofrido, resultado de um desvio infeliz em Igor Jesus, foi um reflexo do domínio do Seattle na área alvinegra.

Em breve, o Botafogo enfrentará o PSG, uma das equipes mais fortes da Europa, com um ataque dinâmico e eficiente. Será crucial que o Botafogo apresente um desempenho superior, especialmente na defesa, para ter chances de sucesso.

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