O Grande Prêmio de Mônaco de Fórmula 1 teve um início agitado, com um incidente inesperado durante o primeiro treino livre. Charles Leclerc, da Ferrari, colidiu com a traseira do carro de Lance Stroll, da Aston Martin, na curva 6, o famoso hairpin do Grande Hotel.
A colisão, ocorrida na sexta-feira, interrompeu a sessão e causou danos significativos. A asa dianteira da Ferrari de Leclerc foi danificada, enquanto Stroll sofreu danos na suspensão traseira, forçando a equipe a substituir a caixa de câmbio. A Aston Martin confirmou que Stroll não participou do restante do treino.

“Qual é… batemos. Acho que ele não viu as bandeiras azuis”, disse Leclerc pelo rádio, referindo-se à sinalização que indica a pilotos mais lentos para cederem passagem.
O incidente é considerado atípico, já que os treinos livres são destinados a testes e ajustes nos carros, e não a disputas diretas na pista. No entanto, o tráfego intenso no estreito Circuito de Monte Carlo pode levar a situações como essa, onde carros em voltas de aquecimento ou resfriamento se encontram com pilotos em voltas rápidas.
Apesar dos danos, Leclerc conseguiu retornar à sessão após a troca do bico de seu SF-25. Contudo, o treino foi brevemente interrompido com bandeira vermelha para a remoção dos detritos da pista.
Modificações técnicas para Mônaco
A singularidade do circuito de Mônaco levou todas as equipes de Fórmula 1 a introduzirem modificações específicas em seus carros. As principais alterações incluem:
- Suspensão Dianteira: Projetada para lidar com o esterçamento máximo nas curvas mais fechadas.
- Dutos de Freio: Remodelados para garantir o resfriamento adequado dos freios, considerando as baixas velocidades relativas do ar.
As equipes também estão utilizando asas traseiras com maior downforce, priorizando a aderência em detrimento da velocidade máxima. A McLaren, por exemplo, está testando diferentes configurações de asa traseira para otimizar o desempenho. A Aston Martin também ajustou o flap superior da asa dianteira para melhorar a resposta do carro.
Curiosamente, algumas equipes, como Ferrari e Williams, optaram por utilizar as asas traseiras de alta downforce do ano anterior, indicando uma abordagem conservadora em busca de desempenho comprovado.
Essas atualizações são exclusivas para o GP de Mônaco e, possivelmente, para circuitos com características semelhantes, como Hungria e Singapura. No entanto, mesmo nesses circuitos, as velocidades médias mais altas podem permitir que as equipes explorem mais o assoalho dos carros.