Fórmula 1 tenta agitar o GP de Mônaco com estratégias de pneus inovadoras

Fórmula 1 tenta agitar o GP de Mônaco com estratégias de pneus inovadoras
A Fórmula 1 está buscando maneiras de tornar o Grande Prêmio de Mônaco mais emocionante, e a solução pode estar nos pneus (Imagem: Pirelli)

A Fórmula 1 está buscando maneiras de tornar o Grande Prêmio de Mônaco mais emocionante, e a solução pode estar nos pneus. Historicamente, ultrapassagens na pista em Mônaco são raras, e a estratégia de pneus e incidentes têm sido os principais fatores nas mudanças de posição.

No ano passado, Oscar Piastri, que terminou em segundo lugar atrás de Charles Leclerc, chegou a comentar: “Acho que em um momento estávamos mais lentos que a Fórmula 2.” Isso ocorreu devido a uma paralisação geral para troca de pneus após uma bandeira vermelha, resultando em uma corrida processional focada no gerenciamento dos compostos.

A Fórmula 1 está buscando maneiras de tornar o Grande Prêmio de Mônaco mais emocionante, e a solução pode estar nos pneus
A Fórmula 1 está buscando maneiras de tornar o Grande Prêmio de Mônaco mais emocionante, e a solução pode estar nos pneus (Imagem: Pirelli)

Para 2024, a FIA (Federação Internacional de Automobilismo) aprovou uma proposta para exigir que todos os pilotos usem pelo menos três jogos de pneus na corrida, efetivamente tornando-a uma prova de duas paradas. Essa medida visa aumentar a ação na pista.

De acordo com Mario Isola, chefe de automobilismo da Pirelli, a ideia é forçar as equipes a adotarem uma estratégia de duas paradas, o que promove mais ação, imprevisibilidade e, consequentemente, corridas melhores. Ele complementa: “Estamos tentando incentivá-los a ter uma estratégia de duas paradas porque é melhor, é mais ação, mais imprevisibilidade e melhores corridas.”

A Pirelli está apostando alto no novo pneu C6, criado especificamente para circuitos de rua como Mônaco. Originalmente, esperava-se que o C6 fosse usado apenas em Mônaco e talvez Las Vegas, mas agora a Pirelli está considerando levá-lo para o Canadá, Baku, Singapura e até mesmo o México.

Simone Berra, engenheiro-chefe da Pirelli, explicou a importância de testar o C6 em condições de corrida em um local diferente de Mônaco. Segundo ele: “Coletar informações para o C6 em Mônaco não foi realmente significativo. Mônaco é um circuito particular, você pode ter granulação apenas por causa do asfalto liso e curvas de baixa velocidade e todos esses tipos de situações.” Ele ainda complementa: “Para nós, é realmente importante coletar dados aqui [Imola] para o C6, também para a seleção para a segunda parte da temporada.”

Os testes em Imola revelaram que o C6 tem um pico de desempenho acentuado, mas pode perder sua janela ideal rapidamente em circuitos com curvas rápidas. No entanto, a Pirelli continua otimista e explora a possibilidade de usar o C6 em conjunto com outros compostos, como C2, C4 ou C3, C4, para criar estratégias de corrida mais variadas. Inclusive, o GP da Emilia-Romagna foi palco de testes para a Pirelli.

Berra acrescentou: “Olhando para o resultado aqui [Imola], podemos, digamos, avaliar melhor se é muito arriscado ou não. Por exemplo, para Singapura, estamos pensando em trazer o C6 e também começar a pular compostos.”

No passado, tentativas de introduzir pneus mais macios, como o ‘hipersoft’ em 2018, resultaram em corridas processionais. A exigência de pelo menos duas paradas em 2024 visa evitar que isso aconteça novamente, promovendo uma corrida mais dinâmica e imprevisível em Mônaco.

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