Crise no Manchester United: futuro de Marcus Rashford é incerto após perder espaço com novo técnico
A trajetória de Marcus Rashford, um dos jogadores mais conhecidos da Premier League, no Manchester United, encontra-se em um momento de incerteza. Com 426 partidas e 138 gols, o atacante ocupa a 12ª posição na lista de maiores artilheiros do clube. Aos 27 anos, Rashford conquistou a FA Cup e a EFL Cup duas vezes cada, além da Liga Europa, e acumula 60 convocações pela seleção inglesa. Fora dos campos, ele recebeu um MBE (Membro da Ordem do Império Britânico) em 2021 por seu trabalho contra a pobreza infantil.
No entanto, a recente perda de espaço sob o comando do novo técnico, Ruben Amorim, coloca em xeque a permanência do jogador no clube. Após assinar um novo contrato até 30 de junho de 2028, em julho de 2023, que encerrou um período de especulações sobre sua saída, o futuro de Rashford no Manchester United se tornou uma incógnita.
O início da temporada 2022-23 foi promissor para Rashford, que marcou 30 gols e parecia viver o auge da sua carreira. Contudo, uma sequência de 13 jogos sem balançar as redes, juntamente com a instabilidade do clube sob a gestão de Erik ten Hag, culminou em seu afastamento da equipe. Em janeiro, o atacante foi cortado de uma partida da FA Cup contra o Newport County, após perder um treino devido a um mal-estar, causado por uma viagem não planejada a Belfast.
Apesar de ter marcado o primeiro gol da era Ruben Amorim, o treinador deixou claro que a posição de centroavante não era a ideal para o atleta. Nos seis primeiros jogos sob o novo comando, Rashford iniciou três partidas como titular e foi reserva em outras três. Ele foi preterido nos jogos da Premier League contra Arsenal e Nottingham Forest, e também na partida da Liga Europa contra o Vitória Plzen, sendo substituído aos 56 minutos.
A gota d’água para a crise foi a ausência de Rashford no clássico de Manchester. Após a partida, Amorim justificou a decisão, ressaltando que o desempenho nos treinos, a alimentação e a postura perante os companheiros de equipe são fatores cruciais em um novo ciclo. “Hoje provamos que podemos deixar qualquer um de fora e vencer”, declarou o treinador, mostrando o novo padrão exigido no clube.
A performance de Rashford tem sido alvo de críticas nos últimos 18 meses, com exceção da temporada 2022-23. A falta de comprometimento dentro de campo e algumas atitudes fora dele, como uma viagem aos Estados Unidos durante a pausa internacional, têm gerado descontentamento. Apesar da defesa de alguns, o jogador precisa apresentar resultados, algo que não tem acontecido com frequência.
Com um salário superior a 300 mil libras por semana, poucos clubes podem arcar com os custos de Rashford. Barcelona e Real Madrid, na Espanha, enfrentam problemas financeiros ou já possuem um elenco bem definido. No cenário inglês, Manchester City e Liverpool parecem improváveis, enquanto Arsenal, Chelsea e Tottenham apresentam outras prioridades ou jogadores para a posição.
O Paris Saint-Germain (PSG) foi apontado como um possível destino, mas a equipe francesa sempre se manteve distante das especulações. Uma troca com o Manchester United, envolvendo o nome de Randal Kolo Muani, é improvável, diante da boa fase do atacante Rasmus Hojlund.
A Liga Saudita surge como uma alternativa, mas o jogador não estaria disposto a se mudar para o futebol árabe. Um empréstimo, com parte do salário bancado pelo Manchester United, poderia ser uma solução, porém, a situação financeira do clube inglês e as regras de sustentabilidade financeira da liga dificultam essa alternativa.
Apesar do cenário desfavorável, o caso de Wayne Rooney, que chegou a pedir transferência e assinou um novo contrato, serve de exemplo de que tudo é possível no Manchester United. Para permanecer no clube, Rashford precisa atender às exigências de Amorim, se adaptar ao esquema tático do treinador e aceitar ser um reserva de impacto. O futuro de Marcus Rashford é incerto, mas a situação ainda pode ter reviravoltas.