De Minaur vence João Fonseca no Miami Open e brinca com a torcida: ‘Me senti no Rio Open’

Alex de Minaur, número 11 do mundo, venceu o brasileiro João Fonseca por 2 sets a 1 em partida válida pelo Miami Open. Além do talento do jovem tenista de 18 anos, De Minaur precisou lidar com o fervor da torcida brasileira presente na arena.
Após a vitória, o australiano escreveu "Rio Open" na lente da câmera, em tom de brincadeira, aludindo ao calor da torcida, que o fez sentir como se estivesse jogando no Brasil.
"Não há outra maneira. Você pode entrar em quadra, reclamar, se irritar, fazer muitas coisas diferentes, mas isso não vai te ajudar a vencer a partida. Então, no final das contas, foi isso que eu disse a mim mesmo: será uma batalha não apenas contra o jogador, mas também contra a torcida", afirmou De Minaur.
A torcida brasileira, vestida de verde e amarelo e com camisas com o nome de João Fonseca, não poupou o adversário, vibrando a cada ponto e pedindo aces e quebras. A animação foi tanta que o árbitro precisou intervir, pedindo silêncio em português e espanhol.
Na entrevista pós-jogo, De Minaur minimizou a comparação feita pelo repórter entre a atmosfera em Miami e a da Rod Laver Arena, durante o Australian Open, argumentando que a empolgação dos fãs de Fonseca era algo à parte.
"Foi uma batalha e tanto. Eu já sabia o que esperar. Além de ser um jogador incrivelmente talentoso, perigoso e explosivo, ele está jogando com muita confiança neste momento. E a torcida que o apoia… Eu sabia que teria que enfrentar isso. Isso exigiria cada pedaço de mim. Apenas abaixei a cabeça e comecei a trabalhar. Estou muito feliz com essa vitória", disse o jogador de 26 anos.
De Minaur elogiou o forehand de Fonseca e sua postura confiante em quadra, ressaltando que buscou explorar o aspecto físico do jogo para superar o brasileiro. "No final das contas, ele é um grande jogador, neste momento ele está jogando com muita confiança e está conseguindo. Ele se defendeu com ótimos backhands, acertando a linha de forma impressionante. Aquele forehand é muito perigoso, mas o que fiz muito bem no segundo set foi tentar explorar mais a paralela, colocá-lo para correr, tornar o jogo um pouco mais físico. Sei que ele ainda é jovem, jogou muitas partidas seguidas, então eu sabia que, se conseguisse tornar a partida mais física, teria mais chances de ganhar", analisou.